quarta-feira, 16 de março de 2011

TARDE

Como imensa e dardejante urna de luz,
O horizonte se incendeia, tão sereno!
Na nitidez das coisas, um vibrar ameno...
E os cirros-cúmulos a leve brisa conduz!

Um elevo d’alma, nessa hora sagrada,
Prenuncia a nódoa da treva crescente!
Naqueles sutis raios de luz decadente...
A terra vai ao céu, numa ilusão dourada!

A tarde imensa faz branda a solidão!
O ocaso profundo apaixona, seduz...
E traz uma tristeza insana... tão certa!

Mas... há prazer, degustado no coração,
Desse imenso e misterioso sonho de luz!
Do qual a noite... num sobressalto desperta!

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