domingo, 30 de maio de 2010

FLORES


Mortas e ignotas flores desfolhadas!
São, na sua essência, tragédias de ilusões!
Ornam o altar de núpcias!... e enfeitam caixões!
São finais de amores... e iniciação do nada!

Mortas e ignotas flores desfolhadas!
São, mesclando as dores, a cor de um passado...
A imagem nua de um retrato abandonado!
Desfarelam – se... como as paixões sangradas!

São tão tristes, são tão murchas... no adeus de amores!
São súplicas mudas... pedidos pra ficar!
São, em amarrotados lençóis... seus odores!

São lembranças!... presas aos cabelos d’alguém!
Sufocadas esperanças! Mortas sem ar...
Mortas e ignotas... desfolhadas também!

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